Mudança: Pronto para sair da zona de conforto desconfortável?

Última atualização em agosto, 2020

Muito se fala a respeito da zona de conforto, porque facilmente se identifica uma necessidade de mudança e crescimento! De fato, a mudança é um tema apaixonante e aterrorizante ao mesmo tempo. Você já teve vontade de mudar tudo, mas percebeu que a principal mudança exigia que você se arriscasse em direção ao desconhecido?

Afinal, todo mundo parece querer mudança, mas quem quer mudar? Gostaríamos muito que a mudança ocorresse, no entanto, sem nos surpreender com o inusitado desconhecido, que pode ser muito desconfortável! Este é o preço da mudança que tanto tememos: e se for pior?

Peixe pulando do aquário - zona de conforto
Imagem de mohamed Hassan por Pixabay

Certamente, todos nós gostamos de nossa prezada, linda e maravilhosa zona de conforto, ainda que ela seja desconfortável em tantos momentos! Assim, dificilmente vou querer sair do meu adorado universo conhecido, meu berço de ouro, o lugar onde sinto que domino todos os aspectos!

Sem dúvida, eu sei que neste local eu posso planejar, posso amenizar os riscos. E, se assim EU desejar, posso fazer alterações que propiciem mais qualidade ou mesmo uma quebra de rotina. Deste modo, ficar neste lugar seria o melhor dos mundos! Entretanto, a vida está longe de se apresentar desta forma! Isto é assustador e por isso, muitas vezes, preferimos o desconfortável conhecido.

A mudança é a única constância da vida!

“Quando a gente acha que tem todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas.” Luis Fernando Veríssimo

Então, você fica com cara de tacho, porque pensava que estudar para aquela “prova” era suficiente. Isto porque, a vida sempre nos mostra que enxergamos muito pouco do que precisamos enxergar. Deste modo, ela nos desafia sempre a ampliar nosso olhar, treinar outros pontos de vista, verificar que há outras formas possíveis para se viver. E, finalmente, sair de nossa zona de conforto, que em certos momentos se torna uma verdadeira prisão!

Geralmente, este aprendizado vem através de mudanças, grandes e profundas transformações. Ou seja, momentos capazes de revolucionar nossa existência e dividí-la em “antes e depois” de determinado fato. Diante dessas revoluções, ficamos absortos sem saber se: tentamos resgatar qualquer restinho de ilusão de controle, que ainda nos reste. Ou, se talvez, seja melhor mergulharmos de cabeça e torcermos para que aconteça o que for melhor. E, para que desta forma, saiamos mais sábios e fortalecidos do processo.

Diante disso, proponho que examine sua vida e reflita quais foram as mudanças que revolucionaram profundamente a sua existência? Quais foram os aprendizados? O que você sentiu depois que a tempestade passou

Mudar é preciso para sair da zona de conforto desconfortável!

Com certeza, se não fosse nosso medo, apego e necessidade de controle, provavelmente, veríamos as mudanças como grandes oportunidades de nos reinventarmos! Desta maneira, seria possível aprender coisas novas e deixar para trás o que não nos acrescenta, o que não está mais em sintonia com a pessoa que somos hoje.

Neste sentido, acho interessante refletir sobre o que acontece com a cobra: periodicamente elas trocam de pele para poder expandir seu corpo e crescer. Desta forma, ela se livra da pele antiga, feia e suja e renova seus desenhos e cores através de uma pele nova e limpa. Para tanto, é preciso desapegar do conhecido, da zona de conforto, e caminhar em direção ao novo com a certeza de que o melhor nos guiará rumo ao que precisamos aprender e desenvolver!

“Temos de nos tornar a mudança que queremos ver no mundo”. Gandhi

Neste ponto, a pergunta central é: o quanto estamos dispostos a fazer este processo de limpeza interna, deixando ir o que não nos serve mais? Ou seja, procurar coisas novas, que possam nos acrescentar, que possam promover uma melhoria dentro de nós? Leia também MOMENTO PRESENTE: é onde está o NOSSO PODER!

Desapegar para viver o novo e evoluir!

Nesta sociedade em que vivemos, tudo parece tão volátil que nossa preocupação maior é acumular ou conseguir comprar. Infelizmente, estamos nos esquecendo de avaliar qual seria nossa real necessidade das coisas. Assim, somos potenciais acumuladores, às vezes, de objetos, de emoções nocivas, de notícias desastrosas, enfim, acumulamos muito lixo interno.

Ao contrário da cobra, mesmo com a pele suja, desagastada por coisas que nada acrescentam ao nosso caminhar, continuamos nos arrastando sobrecarregados com toxicidades desnecessárias.

Nestes momentos de estagnação que, por vezes, nem conseguimos visualizar, a vida surge gloriosa com novos aprendizados que extrapolam quaisquer de nossos desejos. Por isso, de forma repentina, a vida nos tira para dançar  e quanto mais resistimos a este movimento, mais incomodados ficamos e mais doloroso se torna o processo.

“Aquilo a que você resiste, persiste.” Carl Jung

Portanto, aprender a se adaptar ao ritmo imposto pelo convite da vida é uma atitude de grande sabedoria! Afinal, queremos tantas mudanças, vemos tantas transformações necessárias no mundo! Mas o quanto destas revoluções conseguimos provocar em nosso interior?

A propósito, este é o grande desafio de nossa existência! Para tanto, é fundamental ter humildade para sair do mundo confortável e conhecido, e se abrir às transformações que a vida convida ou impõe, em certos momentos. A partir disso, aprender a fluir com a vida e deixar que ela conduza esta dança, buscando leveza e suavidade nos movimentos. Com certeza, esta parece ser a melhor postura para acompanhar o ritmo da mudança que se faz inevitável!

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    Sobre Gisele Mendonça

    Cientista social e mestre em sociologia, com experiência na área educacional. Desenvolvi trabalhos em ambiente escolar, com crianças e adolescentes, trabalhei também na formação de gestores públicos, no formato presencial e em capacitações em Ambiente Virtual de aprendizagem, o que me inspirou a acreditar no potencial do Ensino à Distância! Atuo como curadora de conteúdos de autoconhecimento e autodesenvolvimento! Além disso, escrevo artigos para Bee Family: Um lugar para pais e mães inspiradores, que desejam educar seus filhos a partir do seu processo de autoeducação! 
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    2 Comments

    1. Gisele A. Mendonça Peixoto

      Concordo plenamente, João! Já leu o artigo: http://wp.me/p6Eixo-5y
      Gratidão pela visita! Namastê! _/|\_

    2. sem tesão não a solução…

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