Paz Interior: aceitação e leveza para fluir com a vida!

Última atualização em setembro, 2020

Muitas vezes a palavra paz é utilizada, mas nem sempre compreendemos seu significado! Isto fica ainda mais evidente quando o assunto é Paz Interior. E, quando recorremos ao dicionário Michaelis um dos sinônimos de paz é o silêncio, tranquilidade da alma, respeito.

Neste sentido, cabe fazer uma provocação aqui: Você está em paz consigo mesmo? De que forma deseja ver paz no mundo se tem dificuldades para cultivar a paz em si mesmo? Eis um grande desafio do qual compartilho: desenvolver minha paz interior! Vamos refletir mais profundamente a respeito?

Mulher no barco - paz interior
Imagem de S. Hermann & F. Richter por Pixabay

Desenvolver força, coragem e paz interior demanda tempo. Não espere resultados rápidos e imediatos, sob o pretexto de que decidiu mudar. Cada ação que você executa permite que essa decisão se torne efetiva dentro de seu coração. Dalai Lama

Paz interior transborda

Certamente não é possível falar em paz externa quando por dentro estamos em constante conflito! Ou seja, estamos em conflito a respeito de quem somos, com nossas vontades ou com o que acreditamos. Parece óbvio, mas somente conquistamos uma vida cheia de paz quando desenvolvemos nossa paz interior.

Contudo, é interessante notar que há um certo preconceito com a paz, por mais incrível que pareça! De forma contraditória, as pessoas dizem querer paz, mas não a exercitam no seu dia-a-dia. Isto porque, a paz pressupõe aceitação e quem de nós está disposto a se aceitar ou aceitar ao outro? Queremos poder e controle, para isso julgamos e criticamos. Para isso, até mesmo, nos violentamos traçando metas e planos mirabolantes, que apenas nos sabotam e não permitem que sejamos quem somos.

Sendo assim, muitas pessoas têm um grande preconceito com a ideia de Yoga, meditação, ser zen. E, nem vale a pena adentrar aqui o significado profundo de tudo isso, porque estou falando mesmo dos estereótipos que rondam essas ideias. Por vezes, encontro alguém com esta imagem totalmente distorcida e equivocada sobre paz interior! Então, acredito que muitos tendem a fazer uma grande confusão entre paz e pasmaceira, comodismo. Mas isso está longe de qualquer semelhança com os praticantes das atividades citadas acima.

Aceitação é diferente de comodismo

Paz é a aceitação profunda de que não temos controle sobre as coisas, pessoas e fatos. Trata-se de uma postura de entrega, alicerçada na certeza de que estamos aqui para olhar dentro de nós mesmos e aceitarmos quem somos, somente assim conquistaremos a Paz Interior.

“O coração que está em paz vê uma festa em todas as aldeias.” Provérbio hindu

Desta forma, fica claro que paz não tem nada a ver com pasmaceira, exige sim muito “trabalho” interno, muita disposição para entrar em contato com nossos conteúdos nada agradáveis, nossas emoções. E, ao invés de rejeitá-las, compreender que fazem parte de quem somos, de nossa jornada de aprendizado, e que podemos nos conhecer melhor através delas. Afinal, como já foi mencionado antes: “Tudo o que resiste, persiste!” Jung. Leia também Mudança: Pronto para sair da zona de conforto desconfortável?

De fato, a paz só pode ser construída com muita humildade e aceitação para olhar nossas sombras e acolhê-las como partes nossas! Desta maneira, é preciso olhar nossas dificuldades como grandes instrumentais de autoconhecimento e de desenvolvimento pessoal, tal como o medo que pode servir de ponte para nossos sonhos mais genuínos!

Leveza para fluir com a vida

Assim, para fazer isso é preciso LEVEZA! É preciso abrir mão do controle, do apego e se deixar FLUIR. Inclusive, este é um caminho que pode parecer assustador, pois estamos tão acostumados a criar padrões e modelos de comportamento.

Em outras palavras, queremos controlar, queremos nos manter apegados a regras e idealizações que criamos para esquecer que não temos o menor controle sobre absolutamente nada! Entretanto, para não vivermos em pânico com esta constatação, idealizamos várias formas de controle. E, de forma irônica, elas acabam por nos escravizar a modelos imaginários e superficiais de percepção da realidade. Leia também Merecimento e Educação: crenças limitantes construídas na infância!

Com efeito, para que estes modelos tenham “validade” e possam ser reforçados para nós, tentamos impor aos outros esta mesma construção. Desta forma, nasce o julgamento, a ideia extremamente rígida e inflexível de certo e errado. E, com base nisso, vivemos e queremos que os outros vivam dentro desta caixa limitada da nossa visão de mundo.

“Todo ponto de vista é a vista de um ponto” Leonardo Boff

Mergulho profundo para paz interior

Sob esta perspectiva, perdemos a diversidade do mundo e das pessoas, mas principalmente perdemos contato com a nossa criatividade, nossa capacidade de nos reinventar a todo momento. Desta forma, vivemos em função de modelos, julgamentos, expectativas e perdemos a conexão profunda com quem somos, com nossa Essência. Leia também CONEXÃO PROFUNDA: rota para redescobrir sonhos!

Desta forma, voltados para fora, rotulados e rotulando, perdemos a oportunidade de enxergar o quanto somos únicos e especiais! Neste conflito interno entre quem somos de verdade e quem tentamos ser para sermos aprovados ou tentarmos corresponder às expectativas alheias, perdemos a oportunidade de desenvolver a nossa PAZ INTERIOR.

Portanto, o caminho para a paz interior exige um mergulho profundo para entrar em contato com quem somos (luz e sombras). Requer também muito respeito ao nosso movimento de autodesenvolvimento e uma atenção bastante focada em si mesmo. Em resumo, não estamos aqui para olhar para fora e julgar quem quer que seja! Nossa missão é conosco, sem as ilusões de apego e controle que o ego cria para nos distrair do foco principal. Para isso, é preciso redescobrir quem somos e vivenciar esta experiência única e maravilhosa de sermos nós mesmos!

“A vida continua em marcha, com mil e uma incertezas. É aí que está a liberdade dela. Não chame a isso de insegurança.” Osho

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    Sobre Gisele Mendonça

    Cientista social e mestre em sociologia, com experiência na área educacional. Desenvolvi trabalhos em ambiente escolar, com crianças e adolescentes, trabalhei também na formação de gestores públicos, no formato presencial e em capacitações em Ambiente Virtual de aprendizagem, o que me inspirou a acreditar no potencial do Ensino à Distância! Atuo como curadora de conteúdos de autoconhecimento e autodesenvolvimento! Além disso, escrevo artigos para Bee Family: Um lugar para pais e mães inspiradores, que desejam educar seus filhos a partir do seu processo de autoeducação! 
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