Saiba qual a raiz da frustração e livre-se dela para fluir na vida!

Última atualização em setembro, 2020

Certamente, muitas vezes sem nos darmos conta, a frustração chega, sem fazer muito alarde. Inesperadamente, surge um pesar, uma angústia, uma energia ruim que nos mobiliza sem muita razão de ser.

Neste sentido, quando você se dá conta, já está reclamando do vizinho, infeliz com seu trabalho, olhando tudo com olhos críticos. Então, você se vê preso nas emoções, temendo seus piores fantasmas e achando sua vida uma lástima. Por acaso, já se pegou neste estado: imerso em frustrações?

mulher com fita colante e cara de nojo - frustração
Imagem de luxstorm por Pixabay

Além disso, como se não bastasse, as notícias do mundo são péssimas! E, ainda assim, existem pessoas sorrindo como se não percebessem o caos em que você está ou as grandes mazelas do planeta. Por isso, te pergunto: Você já iniciou o dia com pensamentos como este?

Este mal pode ter vários nomes, mas escolhi tratá-lo por frustração como bem define o dicionário:

s.f. Ação de frustrar.
Psicanálise Estado do indivíduo que, por não ter satisfeito um desejo ou tendência fundamental, se sente recalcado: complexo de frustração.

Sob esta perspectiva, parece haver um conjunto de desejos, expectativas aguardando realização para que o indivíduo se sinta feliz. Isto parece óbvio, mas é preciso aprofundar um pouco mais o conceito com exemplos.

Aprendendo a lidar com a frustração!

De fato, sabemos o tamanho de nossa dor quando aquele telefonema não ocorre, quando não conseguimos ir ao show que tanto gostaríamos ou quando aquela roupa que amamos não nos serve mais. Mas, e quando as pessoas não se comportam como gostaríamos? Isto é, e quando nossa frustração é uma ferida antiga da qual nem tínhamos nos dado conta? Ou pior, sabe quando apenas sentimos dor sem saber seu exato motivo?

Claro, ao longo do processo de crescimento, algumas feridas foram cicatrizadas  e outras ficaram abertas, sangrando. Inclusive, já nem nos lembramos mais qual foi a ponta que as criou, mas elas ainda doem e exalam um cheiro característico de questões não curadas. Deste modo, se não paramos para refletir sobre elas, ficamos apenas com a sensação ruim, sem nem saber exatamente de onde ou por que vieram. Mas, por que esta dor?!

“Só tem futuro quem está em consonância com o seu passado. Quem está ressentido com seu passado, está atado, e, portanto, não está livre para o futuro”. Stephan Hausner

Por isso, quando nos dispomos a olhar nossas feridas com humildade, percebemos que algumas delas estão baseadas em desejos não realizados. Isto é, frustrações que não soubemos assimilar e ficaram lá nos machucando. Neste momento, é preciso ter coragem para olhar para as próprias feridas e arregaçar as mangas para limpá-las, só assim poderão cicatrizar! Portanto, reveja seus pontos frágeis, suas dores e frustrações!

De todo modo, para o reino das expectativas, o céu é o limite! Assim, há uma infinidade de desejos e expectativas não satisfeitas, porque não aprendemos a aceitar o limite das situações e das pessoas. Leia também O valor do NÃO para o amor: a importância de limites saúdáveis!

Aceitando limites: os nossos e os alheios

Contudo, veja bem, não significa que não mereçamos conquistar algo ou que precisemos sofrer incansavelmente para realizar conquistas. Muitas vezes, as situações chegam a um ciclo de finalização ou as pessoas fazem o seu melhor, mas não podem oferecer o que NÓS precisamos! E, exatamente, por ser uma necessidade NOSSA, advinha quem deve satisfazê-la?

Com efeito, é preciso muita coragem e humildade para enxergar nossas necessidades e expectativas, olhar a nossa dor. Para tanto, enfrentar o mau cheiro das feridas e, com muito amor, cuidarmos de nós mesmos. Deste modo, acredite: ninguém pode fazer isso por você! Afinal, ninguém pode saciar a SUA fome nem aliviar a SUA sede. Simplesmente porque NINGUÉM é capaz de entender as suas dores e necessidades como você mesmo.

Felicidade é você se permitir se sentir bem com o que é, ao invés de desejar, e se lamentar, pelo que não é. Claro que o que é, é o que deveria ser, ou então não seria. O resto é só você, contestando com a vida. Neale Donald Walsch

De fato, tantas vezes as pessoas nos oferecem o melhor que elas podem e nós julgamos ser pouco, nós queremos o tipo ideal X. Noutras vezes, as pessoas nos ofertam migalhas e nós sedentos por qualquer coisa, aceitamos algo que não chega nem perto de ser o que procuramos. Vale frisar que, em ambos os casos, o problema é que estamos focados no externo! Com isso, ficamos aguardando que venha de fora a realização de nossos desejos internos. Desta maneira, pare de olhar para fora, reconheça suas necessidades e busque saciá-las!

Apego ou leveza: o que você escolhe?

Cabe ressaltar que, quando percebemos o quanto estamos nos identificando com o lado de fora, temos a oportunidade de mudar isso. Para tanto, é necessário aceitarmos o que nos é ofertado. Observe a diferença entre:

  • 1. O apego ao sofrimento:

“Eu não me conformo, ele sabe do que preciso e, mesmo assim, não me dá! Será que ele não vê como me faz sofrer?”

  • 2. A leveza do soltar:

“Sei que ele está fazendo o melhor que pode e SOU EU quem tem que completar o que ainda me falta!”

Sob este aspecto, é preciso ESCOLHER com o quê iremos nos identificar: o apego ou a leveza! Isto porque, se nos apegarmos aos desejos e expectativas, a consequência necessária será dor, fracasso e frustração! Afinal, as pessoas e situações jamais serão como gostaríamos. E, ciente disso, é preciso mudar o foco:

Fechei os olhos e pedi um favor ao vento: Leve tudo que for desnecessário. Ando cansada de bagagens pesadas… Daqui para frente levo apenas o que couber no bolso e no coração. Cora Coralina

Logo, quando soltamos e deixamos as coisas apenas serem como são, nos concentramos no que já acontece de divino e abençoado em nossa vida. Assim, entramos num estado de paz e gratidão que nos renova a energia. Ou seja, isso nos fortalece para satisfazermos nossas necessidades com carinho, amor e respeito por nós mesmos. Leia também Paz Interior: aceitação e leveza para fluir com a vida!

Iluminando o caminho para escolhas conscientes

As bifurcações do caminho ficaram bem delineadas. Agora que você já as conhece, reflita sobre quais tem sido suas escolhas:

Frustração ou Gratidão? (Leia também GRATIDÃO ATRAI PROSPERIDADE: experimente focar na solução!)

Vitimismo ou Protagonismo? (Leia também A vida é o aqui e agora: use seu PODER PESSOAL no momento presente!

Sofrimento ou Aprendizado? (Leia também ESCOLHA ser feliz: você tem este poder! Como usa isso em sua vida?

Culpa ou Responsabilidade? (Leia também Como dissolver a culpa e MERECER a felicidade!)

A propósito, você tem todo direito de escolher qual opção prefere, mas lembre-se os resultados de SUA decisão também são de sua responsabilidade. Já para os que prefem ficar “em cima do muro”, vale outro lembrete: quando você se deixa levar, sem querer escolher, sua escolha já está sendo feita! Então, melhor agir de forma mais consciente e fazer suas escolhas de fato, não acha?

“Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências”. Pablo Neruda

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    Sobre Gisele Mendonça

    Cientista social e mestre em sociologia, com experiência na área educacional. Desenvolvi trabalhos em ambiente escolar, com crianças e adolescentes, trabalhei também na formação de gestores públicos, no formato presencial e em capacitações em Ambiente Virtual de aprendizagem, o que me inspirou a acreditar no potencial do Ensino à Distância! Atuo como curadora de conteúdos de autoconhecimento e autodesenvolvimento! Além disso, escrevo artigos para Bee Family: Um lugar para pais e mães inspiradores, que desejam educar seus filhos a partir do seu processo de autoeducação! 
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