Inteligência emocional para assumir o protagonismo na própria vida!

Última atualização em setembro, 2020

Atualmente, muito se fala sobre múltiplas inteligências! Neste sentido, a inteligência emocional é uma ferramenta importante até mesmo para que possamos desenvolver outras inteligências! Você já parou para refletir se você possui inteligência emocional? Ou seja, será que você sabe utilizar suas emoções a seu favor, você sabe lidar consigo mesmo ou está sempre à mercê de suas próprias emoções?

mariposa pousada no dedo de uma mão - inteligência emocional
Imagem de Krzysztof Niewolny por Pixabay

Assim, este texto é um convite para refletir mais profundamente sobre inteligência Emocional. Ou seja, uma habilidade de lidar com nossas emoções de forma inteligente! Vale a pena recomendar aqui o clássico livro de Daniel Goleman Inteligência Emocional: a teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente! A partir deste livro, o conceito de inteligência emocional começou a ser difundido e foi ganhando espaço e importância nas várias instâncias sociais!

O que é inteligência emocional?

Aliás, para definir melhor a inteligência emocional, vou recorrer a uma citação do próprio Daniel Goleman que expressa muito bem esta habilidade:

A Diferença entre o Céu e o Inferno

Um guerreiro samurai, conta uma velha história japonesa, certa vez desafiou um mestre Zen a explicar o conceito de céu e inferno.
Mas o monge respondeu-lhe com desprezo:
– Não passas de um rústico… não vou desperdiçar meu tempo com gente da tua laia!
Atacado na própria honra, o samurai teve um acesso de fúria e, sacando a espada da bainha, berrou:
– Eu poderia te matar por tua impertinência.
– Isso – respondeu calmamente o monge – é o inferno.
Espantado por reconhecer como verdadeiro o que o mestre dizia acerca da cólera que o dominara, o samurai acalmou-se, embainhou a espada e fez uma mesura, agradecendo ao monge a revelação.
– E isso – disse o monge – é o céu. Daniel Goleman

Desta maneira, a grande pergunta que paira após esta definição é: quanto tempo você é capaz de se manter no céu e quantas idas você faz para o inferno? Com certeza, esta resposta indica como está sua vida, seus projetos e suas realizações nos últimos tempos! Em outras palavras, será que você está se deixando escravizar por suas emoções, por seus impulsos e reações?

Certamente, a inteligência emocional é algo que podemos desenvolver e aprimorar ao longo de nossa existência. No entanto, é preciso um trabalho constante de auto-observação para ganhar consciência das emoções e, aos poucos, sabiamente se distanciar delas! A propóstio, vale a pena escutar a sabedoria das palavras narradas pela eterna Mirna Grzich em Estados Psicológicos da Alma para tomarmos consciência das emoções que nos movem!

A diferença entre controlar e reprimir para desenvoler inteligência emocional!

Na prática, fomos ensinados a reprimir nossas emoções desde pequenos! Neste sentido, fomos estimulados a fingir que está tudo bem; “dar uma de forte” e simular uma postura de inabalável. Assim, demonstrar fragilidade ou qualquer vulnerabilidade: jamais! Leia também Somos todos vulneráveis! Como usar isso em nosso favor?

Entretanto, isto é algo que não conseguimos sustentar sem pagar um preço que, invariavelmente, se manifesta no corpo. Ou seja, reprimimos tanto nossas emoções que elas encontram um outro caminho de se manifestar através de nosso corpo, por meio das dores e doenças. Neste processo, experimentamos também um congelamento de nossas emoções!

Em alguns casos, ficamos tão rígidos tentando controlar as coisas, que perdemos a beleza do viver livre e levemente. Isto porque, quando o medo está presente, buscamos o controle, a evitação, a eterna preparação. No fundo, trata-se de uma procrastinação que nos atrapalha protagonizar a nossa própria vida!

Neste sentido, vale diferenciar o processo de controlar e reprimir as emoções! Afinal, quando aprendemos a reconhecer e dar espaço para sentir o que realmente sentimos, isso passa e fica mais fácil não ficar escravo das emoções! Contudo, quando reprimimos e negamos o que sentimos, isso vai ficando grande e pode explodir tal como uma panela de pressão quando chega ao seu limite!

É hora de ASSUMIR

De fato, quando conseguimos escapar do vitimismo e da codependência emocional, paramos de projetar nos outros nossos fantasmas! Então, é hora de encará-los frente a frente. Leia também Autorresponsabilidade! Pare de bancar o herói ou a vítima da vida!

Neste processo, só nós podemos curar o que sentimos e para isso teremos que acessar nossas feridas! Assim, agora que já temos condições e maturidade emocional para nos responsabilizarmos por elas, somos capazes de curá-las! Para tanto, cabe destacar que este é o momento de exercitar a compaixão conosco, abandonar o julgamento, o uso do chicotinho de autoflagelo. Nesta postura mais amorosa, acolher aquele lado mais sombrio de nossa personalidade, o lado ferido!

Todavida, como acolher aquilo que eu mais detesto em mim e que ainda me traz profundo sofrimento? De fato, este é um caminho muito pessoal, mas é nítido e notório que quanto mais eu combato algo, mais força dou para àquilo!

Aquilo a que você resiste, persiste. Carl Jung

Portanto, é preciso fazer amizade com nosso lado sombrio, com nossas feridas, medos e falhas! Assim, o primeiro passo para mudar o que mais nos incomoda é a aceitação! Fácil falar? Concordo! Afinal, nós estamos acostumados a nos vitimizar, jogar a culpa nos outros, encontrar inúmeros motivos para reclamar e sentir pena de nós mesmos… Logo, este é nosso padrão, nossa zona de conforto desconfortável e, para quebrar isso, é preciso muita força e fé no processo de autorresponsabilidade!

O poder da ACEITAÇÃO

Infelizmente, pouco ou nada nos foi ensinado sobre o poder da aceitação. Aliás, como lidar com algo que negamos? Veja bem, ainda não conseguimos nem nos responsabilizar direito pelo que sentimos! Isto porque, sempre acreditamos que a responsabilidade era do outro.

Inclusive, já vi mães que ensinam a criança a xingar o chão quando elas caem e machucam. O que há por trás deste ensinamento?! Ou pior, a criança chora, porque o machucado dói e elas repetem incansavelmente: “Não foi nada!” Inclusive, parece que assim elas seriam capazes de desfazer o machucado da criança! Contudo, neste momento, a criança está sendo ensinada a desprezar o que sente! Qual a repercussão disso nos próximos anos?

Neste sentido, vale muito a pena assistir o vídeo de 10 minutos do Tiago Bueno a respeito da necessidade de acessar e nos responsabilizar por nossos sentimentos para ressignificá-los! Autorresponsabilidade (Comunicação Não-Violenta) Desta maneira, quando conseguimos lidar com nossa raiva, paramos de sufocá-la! Assim, ao reconhecê-la, permitimos que ela exista e passe, ao invés de cristalizá-la de alguma forma em nosso corpo.

Etapas do Processo

Em síntese, sem querer deixar uma “receita de bolo” do que deveria ser feito, mas apenas pontuando as etapas do processo que tenho experimentado:

  1. ACESSAR emoções: deixar a dor doer e se manifestar!
  2. ACEITAR e assumir a responsabilidade por aquilo que sentimos!
  3. OBSERVAR qual o aprendizado desta emoção/ situação!
  4. AMAR-SE na imperfeição, na realidade concreta da vida!
  5. PERMITIR que a vida flua continuamente como uma cachoeira, sem ficar aprisionado às emoções!

Definitivamente, estas etapas caracterizam o processo que eu vejo em mim para ressignificar minhas emoções. Isto quer dizer, não me tornar escrava das minhas emoções, presa à reatividade e viciada em fugir incessantemente! Portanto, conheço bem este caminho que estou sugerindo aqui e a trilha é íngreme e desafiadora, mas possui um poder incrível de libertação! Por isso, te convido e estimulo a experimentar!

Desta forma, permita-se ser exatamente como é! Então, ame-se em dia de sol E em dia de chuva! A propósito, faça um favor a si mesmo: desista da inútil tentativa de não sentir medo, ódio, mágoa… De fato, somos humanos e estas emoções fazem parte do pacote! Com isso lembre-se: você NÃO É suas emoções, apenas as deixe passar! No entanto, ATENÇÃO: isso não significa enaltecê-las, apenas permitir que elas existam e possam escoar tais como as águas de um rio que se transformará em cachoeira!

Portanto, o convite aqui é para tomarmos consciência de nossas emoções e, assim, libertá-las! Somente deste modo elas poderão fluir, tornando nossa existência mais leve e saudável. Por isso, acesse dentro de você o amor incondicional que tanto gostaria de ver externamente! Lembre-se: só você pode fazer isso por você!

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    Sobre Gisele Mendonça

    Cientista social e mestre em sociologia, com experiência na área educacional. Desenvolvi trabalhos em ambiente escolar, com crianças e adolescentes, trabalhei também na formação de gestores públicos, no formato presencial e em capacitações em Ambiente Virtual de aprendizagem, o que me inspirou a acreditar no potencial do Ensino à Distância! Atuo como curadora de conteúdos de autoconhecimento e autodesenvolvimento! Além disso, escrevo artigos para Bee Family: Um lugar para pais e mães inspiradores, que desejam educar seus filhos a partir do seu processo de autoeducação! 
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