Última atualização em setembro, 2020
Inicialmente, devo confessar que ao refletir sobre a importância da suficiência cheguei ao conceito de desfrutar! E, agora me pego com muita dificuldade, pois vivo DEMAIS na minha mente como já comentei anteriormente! Então, para início de conversa, é preciso voltar a experimentar o corpo e, num primeiro momento, isso pode se revelar muito desconfortável. Afinal, estamos acostumados a nos anestesiar com TV, internet, jogos, comida e todo tipo de distração que nos tire do corpo.
Neste sentido, que tal chamar nossa criança para brincar novamente? Que tal abrir espaço para que as emoções voltem a se manifestar fisicamente em nosso corpo? Deste modo, ao invés de ficarem represadas em forma de doenças psicossomáticas, elas poderão fluir e passar, se transformando em outras emoções!
Aliás, com este propósito fiz o curso Liberte-se da Flávia Melissa no Portal Despertar e minha grande dificuldade foi o “levar para o corpo”! De fato, isso se evidenciou muito na execução das meditações, porque sempre que as fiz senti minha mente resistindo, tentando assumir o controle.
Neste sentido, posso dizer que, apesar disso, consegui perseverar e SENTIR as meditações. Claro, muito menos do que eu imagino que seria o recomendado, porque me sabotei feio nas práticas. MAS o pouco que fiz deu para perceber a potencialidade curativa delas.
Liberte-se!
“Habite seu medo, liberte sua vida!” Flavia Melissa
Deste modo, para mim, o grande convite do curso é SENTIR, deixar a mente mentindo e ir para o corpo, para curar feridas emocionais e permitir a liberdade de antigos padrões inconscientes! Claro, isso não se faz do dia para a noite. Isto porque, é preciso um trabalho constante de autoconhecimento e busca para que possamos enxergar a estrada a ser trilhada. Além disso, é preciso perseverança para continuar no caminho que tantas vezes se mostra desconfortável e doloroso!
Neste caminho de se permitir SENTIR é possível observar no corpo os desconfortos de nossas questões emocionais. Assim, se passarmos da fase de querer fugir, permitiremos ao corpo simplesmente SENTIR. Ou seja, conseguiremos sentir aquele calor da raiva, o coração acelerado pelo medo, o corpo cansado pela tristeza ou a energia que nos invade quando sentimos alegria. Por isso, a suficiência e o desfrutar precisam deste processo de libertação do medo e da fuga para a coragem de, verdadeiramente, experimentar as emoções e aguardar seu fluxo natural de passagem.
Neste curso, me dei conta do quanto ainda falo mais de autorresponsabilidade do que a exercito! Antes de iniciar o curso, eu já tinha me determinado a ler o livro Codependência Nunca Mais: pare de controlar os outros e cuide de você mesmo, da autora Melody Beattie. Este livro é um clássico bastante recomendado pela Flávia! Mas confesso que demorei bastante para comprar o livro por pensar que não precisasse dele!
Codependência Emocional
A partir da leitura do livro, penso que todos nós precisamos olhar melhor nossas relações por este viés! Isto porque, vivemos numa sociedade que exalta em determinados momentos o papel da vítima, em outros o salvador da pátria e todos buscamos o algoz da vez para colocar a culpa. Ou seja, para lá de ser um problema nos relacionamentos, vejo como um padrão social e educacional, cultivado há muito tempo. Leia também Autorresponsabilidade! Pare de bancar o herói ou a vítima da vida!
No curso, a Flávia trabalhou bastante com esta tríade de papéis que todos nós desempenhamos nos diversos setores da nossa vida. E, é muito interessante observar como em determinadas situações bancamos a vítima, enquanto em outras queremos ser o salvador da pátria e em outros momentos nos tornamos algozes!
Claro, NÃO é algo gostoso e confortável de se observar! Isto exige um verdadeiro interesse por se conhecer e adquirir consciência sobre processos que antes eram totalmente inimagináveis! Vale a pena ver a série de vários vídeos curtos no Canal do Youtube da Flávia Melissa sobre o tema! O primeiro deles é 1. Sou Codependente – E agora? – Flavia Melissa
Resgatar a criança ferida
Aparentemente virou moda e clichê falar em nossa criança interior, nossa criança ferida. Mas, da minha perspectiva, é impossível pensar em autoconhecimento, educação emocional e autodesenvolvimento sem passar pelo processo de reencontrar esta criança!
No curso, a Flávia Melissa passa boa parte do tempo nos conduzindo ao encontro desta criança ferida e o exercício é olhar para ela sem julgamento, com muito amor e compreensão. Somente a partir deste olhar, conseguimos perceber que já não somos aquela criança e que podemos mudar o caminho a partir de agora! Esta é a grande libertação para olhar para a vida com uma perspectiva mais aberta, mais abundante, que nos convide para desfrutar e viver ao invés de simplesmente sobreviver nos anestesiando!
Anteriormente, escrevi alguns artigos sobre criança ferida como CRIANÇA INTERIOR: a importância de cicatrizar antigas feridas! e também Maternidade: uma oportunidade de curar sua criança interior! Cada vez que tenho oportunidade de reencontrar minha criança, ela me diz mais coisas! Particularmente, tenho uma memória excelente da minha infância, das cenas, dos cheiros, das músicas e sabores que compuseram minha história inicial. E, isso facilita que eu relacione as coisas, mas não é preciso lembrar. Afinal, como diz a Flávia, nossa criança está mais presente do que nunca em nossas atitudes e comportamentos!
Esta criança está presente em nossas reações intempestivas, nossos medos, sempre que adotamos determinadas estratégias para conseguir algum objetivo emocional… Nossa criança ferida está sempre gritando quando nos anestesiamos e a mandamos se calar para continuar uma vida aparentemente normal e socialmente aceita!
Libertando a Criança Luz para desfrutar!
De fato, muito se fala sobre a criança ferida e menos escuto falar sobre a criança Luz. Assim como existem partes feridas dentro de nós, existe também um potencial fantástico que, talvez, tenha ficado perdido em meio às feridas e escombros de nosso processo de crescimento.
Desta forma, o encontro com a criança ferida traz como bônus o encontro com nossa parte mais viva e especial: nossa criança Luz! Ou seja, esta criança que traz consigo nossos sonhos, nossas habilidades especiais e um talento para ser único e autêntico. Estas características que são fundamentais para a suficiência e o desfrutar da vida e das experiências.
Provavelmente, esta criança Luz pode estar num lugar um pouco empoeirado pelos condicionamentos, mas está intacto dentro de nós. Basta acessar! Neste ponto, recomendo novamente o filme Duas Vidas de Bruce Willis para despertar e refletir a respeito deste encontro tão especial com uma parte tão essencial de nós mesmos!
Suficiência para desfrutar com leveza
O curso Liberte-se me trouxe esta possibilidade de descobrir as dores que encobrem meu potencial para sonhar e desfrutar mais! Vale lembrar que todas estas “memórias” ficam armazenadas em nosso corpo e cristalizadas em nossos hábitos e comportamentos automáticos. Portanto, é preciso integrar as sombras do passado para olhar para o presente de modo mais consciente e criativo!
E, para exercitar a suficiência e o desfrutar, eu percebi que preciso DESTRALHAR! Isto se refere tanto às coisas materiais que não me servem mais, quanto às feridas antigas, mágoas e ressentimentos, crenças limitantes e todos os inúmeros apegos aos quais me perco em meu processo de desenvolvimento.
A partir deste processo, que estou chamando de “Destralhe” físico, energético e emocional, acredito que seja possível abrir espaço para ESCOLHER o que realmente agrega! Neste sentido, vale a frase repetida diversas vezes pelo meu marido Rafael:
“O que não agrega, pesa!” Rafael R. Peixoto
Portanto, desejo que tenhamos sabedoria para, realmente, escolhermos o que desejamos desfrutar em 2020! Excelente início de ano para todos!
Gratidão pela leitura! Namastê!
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