EMPATIA: palavra-chave de qualquer relacionamento que valha a pena!

Última atualização em agosto, 2020

Antes de qualquer coisa, eu te pergunto: você já se sentiu incompreendido? Já experimentou o descaso com suas necessidades, medos e ansiedades? De modo geral, acredito que todos nós já passamos por este tipo de dor! E, isto é ainda pior quando esta dor ocorre por conta do descaso de pessoas muito próximas! Isto que você experimentou é a falta de empatia, uma habilidade muito importante nos relacionamentos!

desenho de tandem com um senhor e uma dama atrás - empatia
Imagem de Alexas_Fotos por Pixabay

A empatia é uma das únicas capacidades que nos salva de generalizarmos nossas verdades pessoais em detrimento da realidade que é fornecida pelo outro. Josie Conti

Certamente, empatia é uma palavra fundamental quando o assunto é relacionamento saudável! Este relacionamento pode ser afetivo, amoroso, profissional ou familiar, sem empatia fica mais difícil nos aproximarmos, verdadeiramente, do outro. Ou seja, quando conseguimos nos aproximar mais das outras pessoas, estamos mais propensos a estabelecer um vínculo forte e saudável.

Empatia: definição do conceito

Para deixar ainda mais claro este conceito, vamos recorrer ao seu significado:

“Empatia significa a capacidade psicológica para sentir o que sentiria uma outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. Consiste em tentar compreender sentimentos e emoções, procurando experimentar de forma objetiva e racional o que sente outro indivíduo.”

Aliás, convém lembrar algo que já destacamos em outros posts: ninguém pode matar a sua fome, nem saciar a sua sede! Apenas NÓS sabemos “onde o sapato aperta”. Leia também Saiba qual a raiz da frustração e livre-se dela para fluir na vida!

Todavia, quando nos dispomos a COMPREENDER, estamos abrindo uma ponte de afetividade, que nos favorecerá a troca com o outro, pressuposto básico de qualquer relacionamento. Ou seja, apenas quando somos capazes de sair um pouco de nosso ponto de vista e exercitamos o olhar aproximado da realidade do outro, desenvolvemos o sentimento de compaixão.

Empatia pressupõe Compaixão

De fato, apesar deste conceito estar, muitas vezes, associado à piedade, não estamos falando de dó, pena e nada que se assemelhe à ideia de adotar ou pegar para si a dor do outro! Nada disso! Por isso, vale resaltar que cada um vive sua própria vida e, somente esta pessoa, tem capacidade para resolver seus problemas e dilemas.

Neste sentido, o conceito de compaixão, da forma como estamos propondo, se refere puramente à capacidade generosa de olhar outro ser humano com a mesma atenção que queremos para nós. Desta forma, um olhar compassivo representa uma perspectiva de solidariedade, respeito e profunda compreensão para com o outro.

Cabe lembrar que jamais seremos capazes de compreender o outro na sua inteireza, pois estamos aqui para compreendermos a nós mesmos em profundidade! No entanto, o olhar mais compassivo, generoso e solidário nos oferece a possibilidade de estabelecer um laço de união, um compartilhar a vida, que aproxima as pessoas e torna tudo menos árido.

“Entendo que solidariedade é enxergar no próximo as lágrimas nunca choradas e as angústias nunca verbalizadas.” Augusto Cury

Convém ainda enfatizar novamente que esta postura NADA tem a ver com piedade e menos ainda tentar resolver o problema pelos outros! Isto porque, se trata apenas do reconhecimento de nossa igualdade de condições humanas: todos queremos ser felizes e todos temos aprendizados pelos quais precisamos passar.

Limitações

Afinal, todos temos limitações e respeitá-las faz parte de uma atitude mais compassiva. Claro, eu sei que tenho tais e tais questões para resolver e vejo que o outro também tem aprendizados importantes para passar. Então, NÃO adoto uma postura de “sabe tudo”, menos ainda a perspectiva do “você não sabe o que é sofrer!”

Neste sentido, tanto a prepotência quanto o vitimismo por trás destes comportamentos, tornam clara uma falta de respeito para com a experiência do outro! A partir disso, as consequências são as que já conhecemos: julgamento, culpa, inveja, dedos apontados, cobrança etc. Leia também: “Como dissolver a culpa e MERECER a felicidade!”

“Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto.” Leonardo Boff

Sendo assim, esta frase possui uma didática impressionante, que demonstra a necessidade fundamental de RESPEITO. Ou seja, é preciso dar espaço para deixar o outro viver suas experiências e oferecer compaixão para compreender o momento singular que está passando. Desta maneira, é fundamental ter respeito pela realidade, experiência, aprendizado, limitações, momentos e circunstâncias pelas quais o outro está!

Puro amor

Infelizmente, por muito tempo eu relacionei o sentimento da compaixão com o dó ou o auto-sacrifício pelo sofrimento do outro: “prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão” Contudo, hoje vejo com clareza a beleza deste conceito! Isto é, ele não exime o outro da responsabilidade sobre a própria vida e seus aprendizados. Mas nos possibilita uma postura de apoio, de doação, de puro amor pelo outro.

Sob este prisma, este amor está baseado na capacidade de sair do meu ponto de vista e enxergar, da maneira que eu puder e que é limitada, a realidade do outro. Trata-se apenas de uma APROXIMAÇÃO, mas, ainda assim, a capacidade de amor desta iniciativa é muito mais importante do que a real capacidade de compreender a realidade alheia. Assim, a partir desta perspectiva da compaixão brotam sentimentos nobres como a generosidade, a tolerância e o respeito, tão fundamentais para construirmos um mundo mais habitável!

“A compaixão é que nos torna verdadeiramente humanos e impede que nos transformemos em pedra, como os monstros de impiedade das lendas.” Anatole France

Portanto, antes de julgar, cobrar ou condenar, EXERCITE o olhar compassivo! Por fim, distancie-se o suficiente das situações conflituosas e aproxime-se do ser humano que está do outro lado. Certamente que, se você permitir, este ser humano estará do SEU lado, pois ambos estão aqui para aprender suas lições! Afinal, não nos cabe apontar, é preciso exercitar a compaixão no seu sentido mais sublime!

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    Sobre Gisele Mendonça

    Cientista social e mestre em sociologia, com experiência na área educacional. Desenvolvi trabalhos em ambiente escolar, com crianças e adolescentes, trabalhei também na formação de gestores públicos, no formato presencial e em capacitações em Ambiente Virtual de aprendizagem, o que me inspirou a acreditar no potencial do Ensino à Distância! Atuo como curadora de conteúdos de autoconhecimento e autodesenvolvimento! Além disso, escrevo artigos para Bee Family: Um lugar para pais e mães inspiradores, que desejam educar seus filhos a partir do seu processo de autoeducação! 
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