4º Passo para ser feliz: MOVIMENTAR-SE!

Última atualização em setembro, 2020

Ao usar a palavra movimentar-se estou propondo, neste artigo, que observemos como estamos em relação ao nosso próprio corpo. Isto porque, na sociedade em que vivemos, quando o corpo não é ignorado num sedentarismo sem fim, ele é estimulado até a exaustão. Geralmente, isto ocorre em academias que costumam lotar, principalmente no verão. Isso indica que a preocupação principal não é com a saúde, mas sim com a estética.

Mulher em postura de alongamento puxando o pé - movimentar-se é o 4° passo para ser feliz
Imagem de Digital_Works por Pixabay


“Malhar é para Judas no sábado de Aleluia”   
Nuno Cobra

Corpo e Consciência

A relação entre corpo e consciência ainda não é algo muito difundido em nossa sociedade. Assim, até mesmo quando o corpo é levado em conta, o que menos ocorre são escolhas conscientes, buscando integração. As academias funcionam hoje como o fast food do corpo: ambientes com exagero de luminosidade – parecendo shoppings; atividades repetitivas e isoladas; e, trabalhando grupos musculares específicos como se eles estivessem desconectados de todo o resto de você.

De fato, a exaltação do corpo pelo corpo também leva ao consumo de substâncias e suplementos que prometem milagres. Mas que, na verdade, enaltecem ainda mais a sua desconexão interna com o funcionamento do seu corpo. Desta forma parece que você já não precisa mais consumir o alimento, basta tomar uma pílula ou então pode substituir uma refeição pelos famosos shakes.

Deste modo, vamos nos distanciando mais da natureza do nosso próprio corpo, vamos introduzindo mais e mais substâncias artificiais e tudo vai ficando vazio e sem sentido. Ah, caso este vazio te incomode, também criaram um comprimido para lidar com ele e você se dopa para não sentir e, desta forma, você se aliena de seu próprio ser.

Movimentar-se: um caminho para o reencontro consigo mesmo

Na verdade, a atividade física poderia servir como caminho para integrar o indivíduo, reunindo corpo, mente e espírito tal como a filosofia do Yoga nos convida:

“Yoga é independência, é sentir-se bem e feliz em si mesmo, quando fazemos o caminho de volta para casa, momento em que nos unimos à nossa esfera mais sagrada.  Professor Hermógenes

Entretanto, muitas vezes transformamos a atividade física em outro caminho de alienação de si mesmo. Você faz algum tipo de atividade física? Qual a sua sensação ao movimentar o seu corpo? Você busca maior conexão com sua respiração, seus músculos, seu movimento?

Quando fazemos um exercício físico, buscando consciência corporal, observamos o fluxo respiratório e ocorre uma integração com o corpo que habitamos. Desta maneira, nós desenvolvemos um equilíbrio interno mais profundo: corpo, mente e espírito. Não é só o Yoga que pode atender este propósito, há várias atividades que proporcionam esta conexão, é preciso encontrar a SUA atividade, aquela que te dê maior prazer, aquela que te desafie na medida certa. Isto é, o desafio tem que ser grande para te tirar de sua zona de conforto (preguiça), mas não tão grande que você se sinta desmotivado, sem acreditar que pode alcançar seus objetivos.

Usar o corpo para educar a mente

Para isso, é fundamental você se conhecer e lidar com seus limites de forma honesta, sincera, disposto a superá-los sem fazer “corpo-mole”, sem deixar sua mente te mandar direto para o sofá. Afinal, nossa mente pode ser um grande empecilho quando procuramos mexer o corpo.

Certamente, Ela (mente) vai querer te manter no estado que Ela considera seguro, ou seja, a inatividade. Para vencer seus limites físicos, é importante saber que terá que vencer primeiro os desafios mentais: Por que sair agora, está frio e chovendo? Para que ficar caminhando em círculos sem ir a lugar algum? Pense bem, você já engordou e andar alguns quilômetros não vai fazer você emagrecer… Hum, por falar nisso estou ficando com fome, vamos comer uma massa bem gostosa ao invés de ficar sofrendo aqui correndo!

Parece loucura, mas quem é que não enfrenta estes “diálogos” que parecem mais monólogos de uma Mente Controladora que quer te manter no estado estático, que Ela (mente) considera seguro. Claro, a mente busca nos proteger do desafio que, muitas vezes, representa a palavra chave de motivação para o corpo se movimentar. Por isso, pense em sua mente como uma mãe superprotetora que não te deixa experimentar a vida! A partir daí comece a questioná-la, enfrente-a e aposte em seu potencial para traçar objetivos e conquistar mais saúde!

Movimentar-se requer persistência

A proposta aqui é convidar você para movimentar-se! Ou seja, para experimentar a vida com toda riqueza de possibilidades que ela oferece. Mas, para isso será preciso que você saia do automatismo e crie sua vida da forma que você quer viver! A propósito, você já parou para pensar na forma como se alimenta? Eu te convido a refletir em 3° Passo para ser feliz: ALIMENTAR-SE!

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Neste sentido, aconselho que você procure um esporte pelo qual já sente alguma simpatia. Vale lembrar que os benefícios trazidos pelo esporte são inúmeros, através dele é possível melhorar a saúde, as relações sociais, educar crianças, exercitar princípios e valores.

Enfim, o esporte é um elemento agregador na vida das pessoas, na medida em que trabalha a atividade física em conjunto com a atividade mental. Isso propicia um contentamento que, para mim, se aproxima de um sentido espiritual, pois eleva. Desta forma, nos sentimos mais importantes, pertencentes, valorizados… Assim, mais do que um corpo malhado, podemos conquistar com o esporte uma melhor conexão com conosco, com os outros e com a natureza. E, o primeiro passo para isso começa com uma simples palavra: movimentar-se!


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Sobre Gisele Mendonça

Cientista social e mestre em sociologia, com experiência na área educacional. Desenvolvi trabalhos em ambiente escolar, com crianças e adolescentes, trabalhei também na formação de gestores públicos, no formato presencial e em capacitações em Ambiente Virtual de aprendizagem, o que me inspirou a acreditar no potencial do Ensino à Distância! Atuo como curadora de conteúdos de autoconhecimento e autodesenvolvimento! Além disso, escrevo artigos para Bee Family: Um lugar para pais e mães inspiradores, que desejam educar seus filhos a partir do seu processo de autoeducação! 
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