Merecimento e Suficiência: uma decisão em busca da Plenitude!

Última atualização em setembro, 2020

De antemão, inicio o texto com um título que parece mais uma sentença: merecimento e suficiência – uma decisão em busca da plenitude! Isto porque, neste artigo, expressarei em palavras algo que é muito mais que mental, é energético e espiritual também! Será que você já se permitiu SENTIR as respostas ao invés de precisar explicá-las racionalmente o tempo todo? Assim, será que você consegue estabelecer uma conexão tão profunda consigo mesma que se permita ouvir uma voz interna de imenso amor e sabedoria?

Merecimento e Suficiência: uma decisão em busca da Plenitude!
Imagem de Pixource por Pixabay

Não deixe o barulho da opinião dos outros abafar sua voz interior. E mais importante, tenha a coragem de seguir seu coração e sua intuição. Eles de alguma forma já sabem o que você realmente quer se tornar. Tudo o mais é secundário. Steve Jobs

De fato, neste movimento de reflexões sobre merecimento e suficiência, tenho caminhado por uma jornada de vários passos adiante e alguns passos para trás. Desta forma, ficou claro para mim que existem forças “inexplicáveis” que interferem na minha forma de olhar para as coisas.

Conforme compartilhei anteriormente, SUFICIÊNCIA: sentir e deixar passar, um aprendizado como PAS!,o fato de ser uma pessoa altamente sensível interfere na minha forma de experienciar o mundo. Infelizmente, eu nunca fui ensinada à acolher e fazer o melhor uso deste traço de personalidade. Por isso, a sensação de “estranha no ninho” com a qual muitos se identificam sempre me foi uma fiel companheira!

“Fazer por Merecer”

Inclusive, como já trabalhei nos artigos sobre merecimento – Merecimento e Suficiência: as armadilhas de “fazer por merecer”!-, esta frase “fazer por merecer” sempre esteve norteando meu comportamento, “explicando” muitas das minhas frustrações… Assim, parecia que o perfeccionismo era a chave para pertencer, para merecer, para me sentir amada! Inclusive, agora acredito que isto transcende gerações e está muito fortemente arraigado em meu sistema familiar!

Certamente, ao determinarmos um assunto para refletir o Universo traz inúmeras situações para observarmos! Aliás, ficamos com o ouvido muito mais atento para identificar os discursos a partir de uma perspectiva mais profunda! Desta maneira, venho refletindo sobre a ideia de valor que percorre meu sistema familiar e percebo como a questão do sacrifício, do compromisso e da abdicação em nome de causas maiores são percebidas como dignas de mérito!

Assim, o compromisso é sempre com o que é externo, seja família, religião ou questões sociais! Ao me dedicar a investigar minhas crenças e padrões, notei como o auto-amor é encarado como egoísmo, o carinho como mimo e a auto-valorização como prepotência arrogante! Atualmente, sinto fortemente dentro de mim uma necessidade de romper com crenças e padrões que não correspondem à minha realidade. Neste sentido, percebo que o merecimento e a suficiência requerem de mim uma atitude diferente e focada! Vale a pena ler também Merecimento e Limpeza de Padrões Familiares: honrar para merecer!

Pensamento mágico: perfeccionismo

Sendo assim, quanto mais eu busco aprofundar minha reflexão sobre a suficiência, mais medo da insuficiência eu sinto! Interessante, né! De fato, eu percebi como fico buscando a perfeição para sentir a suficiência, apesar de saber que isso não existe, eu me sinto como “cachorro correndo atrás do rabo!” Ao fazer o curso Liberte-se da Flávia Melissa, eu me deparei com o conceito: “Pensamento Mágico” que vou simplificar aqui como uma estratégia que nossa criança ferida encontrou para amenizar suas dores! Caso queira aprofundar um pouco, leia Pensamento mágico: conceito e características.

A partir deste conceito, eu percebi o quanto eu usei este tipo de pensamento como estratégia para amenizar o meu medo do abandono, da solidão ou da rejeição, em suma, o medo de não ser amada! Desta maneira, percebi o quanto o meu compromisso com o meu melhoramento contínuo, a busca pela perfeição estão alinhados com minha ideia de valor e merecimento. Ou seja, de um modo torto eu associei experiências de rejeição com falta de valor. Assim, o pensamento mágico que resolveria isso seria buscar a perfeição! Eis o motivo pelo qual não consigo “sentir” o merecimento!

Em outros artigos, já mencionei sobre a criança interior – CRIANÇA INTERIOR: a importância de cicatrizar antigas feridas! ; Criança Interna: busque este reencontro para nutrir o seu adulto! ; Maternidade: uma oportunidade de curar sua criança interior!. Esta criança aponta muitos caminhos de cura e transcendência de padrões e crenças limitantes! Por isso, tenho descoberto que minha criança ferida substituiu a dor do vazio e da sensação de abandono ou rejeição pelo pensamento mágico do perfeccionismo. Ou seja, uma busca incessante por melhoramento e conserto!

Muitos caminhos para a “cura”

A partir destas constatações tanto sistêmicas (padrões familiares) quanto de alma (criança interna), estou mais ciente de meu caminho de “cura!” Inclusive, preciso confessar que às vezes gosto e às vezes não gosto desta palavra: “cura”. Por vezes, esta ideia de cura remete à uma doença, ou pior, à um sintoma! A propósito, como diz a Flávia Melissa, depois da descoberta da penicilina, nossa tendência principal é apenas querer combater sintomas e tentamos fazer isso, inclusive, com as questões emocionais!

Entretanto, quando percebermos que somos um ser integral, com diferentes corpos: energético, mental, emocional e espiritual, teremos uma visão mais ampla das coisas. Neste sentido, é preciso estar consciente que não há um caminho, há múltiplos caminhos! Contudo, se compreendermos cura como “conserto”, provavelmente voltamos à ideia tentadora do perfeccionismo! E, NÃO precisamos de cura!

Na verdade, precisamos de consciência para fazer os saltos evolutivos que pudermos! Portanto, quando utilizar a palavra “cura” vou pensar nela com seu sentido do latim primitivo “cuidado, atenção, zelo”. Para tanto, vale salientar que a ideia de salto evolutivo não representa um caminho linear, mas sim uma questão de expansão de consciência! Isto é, se trata de um processo tal como nossa respiração e expiração ou as estações do ano.

Assim como podemos observar na natureza, está tudo em constante transformação e a única certeza que temos é a inconstância das coisas! Que besteira, portanto, limitar tanto nossos aprendizados com gabaritos ou fórmulas de sucesso e felicidade! Isto posto, que tal adotar merecimento e suficiência como decisão e pontos de partida? Leia também Paradigmas pra quê? A vida pode ser um infinito de possibilidades!

Suficiência na Presença: eis o meu desafio na quarentena

merecimento e suficiência: uma decisão
Imagem de Sarah Richter por Pixabay

Ao observar a suficiência na minha vida, por incrível que pareça, eu fiquei focada na insuficiência! E, preciso fazer um alerta: nossa mente é expert na insuficiência! Por ser uma pessoa muito mental, eu me pego muitas vezes pensando como as coisas poderiam ser diferentes. Neste momento, eu perco a capacidade de apreciar exatamente o que está acontecendo e esta desconexão se reflete em diferentes níveis do meu ser!

Com desafios trazidos pela quarentena, eu percebo ainda mais a dificuldade de exercitar o contentamento! Claro, é muito mais sedutor me indignar, olhar redes sociais e achar que o problema é o outro. No entanto, este caminho só me leva a ansiedade e desnutrição emocional.

Por isso, eu sei que a solução é a presença, ocupar o nosso espaço no mundo com plena consciência de quem somos e do que queremos! Na minha percepção, este é o convite do momento sob a forma de Covid 19! Por isso, te convido a refletir Suficiência e desafios da Quarentena: crise ou oportunidade?

Em busca da Plenitude!

Sob esta lógica, este é o último artigo sobre suficiência como tema central. Apesar de hesitante, darei o salto que há tempos meu coração me pede e eu resisto! No próximo artigo trabalharei a transição entre suficiência e plenitude, já focando nesta palavra que me dá friozinho na barriga!

Afinal, tal como merecimento e suficiência exigem uma decisão, o contentamento também me parece ser uma questão de atitude! Assim, ao invés de um estado ideal ao qual se chega, a plenitude é um caminho!

Por algum tempo, acreditei que fosse um destino: passar pelo merecimento e suficiência para chegar ao contentamento. Todavia, depois de muitos artigos refletindo, agora vejo que contentamento é um estado de espírito para trilhar esta busca incessante da vida! Com efeito, me parece que merecimento, suficiência e plenitude podem ser ferramentas que facilitam nossa forma de estar na vida, buscando nossos sonhos! Vamos lá, trabalharei melhor isso nos próximos artigos! Gratidão pela leitura! Paz, Bem e Luz a todos nós!

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    Sobre Gisele Mendonça

    Cientista social e mestre em sociologia, com experiência na área educacional. Desenvolvi trabalhos em ambiente escolar, com crianças e adolescentes, trabalhei também na formação de gestores públicos, no formato presencial e em capacitações em Ambiente Virtual de aprendizagem, o que me inspirou a acreditar no potencial do Ensino à Distância! Atuo como curadora de conteúdos de autoconhecimento e autodesenvolvimento! Além disso, escrevo artigos para Bee Family: Um lugar para pais e mães inspiradores, que desejam educar seus filhos a partir do seu processo de autoeducação! 
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